10 maio 2014

PARAR DE COMER NÃO EMAGRECE! VEJA AINDA OUTRAS QUESTOES



Ao contrário do que se imagina, deixar de comer pode diminuir o ritmo de queima de calorias do organismo


Quem nunca ouviu que "queijo amarelo tem mais gordura que o branco", "beber líquido durante a refeição aumenta a barriga", "comer à noite engorda", "deixar de comer emagrece"? Mas, afinal, o que realmente é verdade ou não passa de mito?

1) Queijo amarelo tem mais gordura que o branco: Verdade

A cor amarela está ligada ao alto teor de gordura do leite. Sendo assim, os queijos amarelos também são mais calóricos em comparação com os brancos. Confira as calorias fornecidas por 30g de opções do produto: uma fatia do queijo minas frescal tem 79; duas colheres de sopa do cottage, 30; uma fatia de ricota, 50; uma fatia de parmesão, 118; e uma porção de gorgonzola, 144.
Rico em proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais (sódio, potássio, magnésio, cobre, cálcio e fósforo) e vitaminas (A, B e D), o queijo é considerado um dos alimentos mais nutritivos que se conhece. Assim como os outros derivados do leite, a recomendação, segundo o Guia Brasileiro Alimentar (2005), é de três porções ao dia, que devem ser consumidas no café-da-manhã ou nos intervalos das grandes refeições (lanche da manhã, lanche da tarde ou ceia).

2) Comida japonesa não engorda: Mito

Como qualquer comida, a japonesa pode engordar se for consumida em excesso. Pode-se saboreá-la até mesmo todos os dias, desde que fique atento às quantidades e à forma de preparo dos alimentos (fuja das frituras).
O sashimi (150g) de salmão traz 316,5 calorias, enquanto o de atum, 219. Cada oito unidades de sushi acrescentam 240 calorias à refeição. O shoyu não tem valor calórico alarmante (1 colher de sopa proporciona 9 calorias), mas isso não significa que deve se empolgar e pecar pelo excesso, até porque apresenta alto índice de sódio.
A culinária japonesa é bastante saudável por fornecer proteínas e ômega 3. É rica também em produtos feitos a partir da soja, que reduzem os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, evitando a formação de placas de gordura nas artérias. No entanto, é deficiente em ferro, já que o cardápio não conta com carne vermelha.
Os antioxidantes, que ajudam no combate ao envelhecimento, estão presentes em alimentos amplamente utilizados nas iguarias orientais, como no gengibre (que facilita a digestão), nos cogumelos (cujo ácido glutâmico auxilia o sistema imunológico) e no chá-verde (fonte de vitamina K, necessária à coagulação normal do sangue).

3) Beber líquido durante a refeição aumenta a barriga: Mito

Esse mito provavelmente surgiu pelo fato de que, quando se ingere alguma bebida, acontece uma dilatação momentânea do estômago. Além disso, o líquido pode comprometer a acidez gástrica necessária a uma boa digestão e absorção de nutrientes, o que leva à possibilidade de fermentação de carboidratos, processo que causa aumento na formação de gases e dá a sensação de distensão abdominal.
Para evitar problemas digestivos, não exagere na quantidade e prefira um copo pequeno de água ou de suco de frutas cítricas, que são fontes de vitamina C e ajudam na absorção do ferro presente em leguminosas e verduras escuras. Deixe de lado os líquidos gaseificados, como refrigerantes, e os sucos artificiais, porque não contêm nutrientes importantes e ainda são ricos em açúcar.

4) Deixar de comer emagrece: Mito

Quem deixa de comer com o intuito de diminuir o peso está para lá de equivocado. Pode até achar que perdeu alguns quilinhos indesejáveis com esse sacrifício, mas longos períodos sem se alimentar levam à redução do funcionamento do metabolismo e a consequência é que o corpo não queima as calorias devidamente. Portanto, o efeito é o inverso do esperado.
As pessoas que limitam drasticamente as refeições ou até mesmo acabam com elas ainda sofrem com fraqueza, cansaço, desconforto gástrico e carência de alguns nutrientes importantes ao organismo. Se quiser ficar de bem com a balança, nada melhor do que apostar em uma dieta equilibrada e exercícios físicos. Vamos lá, afaste a fadiga e mexa-se!

5) Beber água gelada em jejum emagrece: Mito

Não há comprovação de que consumir água gelada em jejum emagrece, uma vez que a água em si não tem o poder de queimar calorias e nem de reduzir medidas. O líquido, no entanto, pode contribuir com o emagrecimento de outras formas.
Ingeri-lo e realizar pequenas refeições entre as principais ajuda a se sentir mais saciado no almoço ou jantar. "Nosso estômago tem a capacidade limitada de dilatar até dois litros. Com a ingestão de líquidos ao longo do dia, é relativamente preenchido, diminuindo a necessidade de ingestão de alimentos." Além disso, água e alimentos ricos em fibras aumentam a formação do bolo fecal, o que contribui para o bom funcionamento do intestino.

6) Alimentos diet são menos calóricos que os convencionais: Mito

Produtos diet são aqueles que restringem completamente algum tipo de nutriente, como açúcar, proteínas, gordura e sódio. O chocolate dietético, por exemplo, não tem açúcar, mas é mais calórico que o tradicional devido à maior adição de gordura. "Com a retirada de algum nutriente, o alimento pode até apresentar uma diminuição nas calorias, mas isso não quer dizer que seja menos calórico do que o convencional. Deve-se verificar se essa redução é significativa e justifica a substituição do alimento convencional pelo diet."

7) Comer antes de deitar engorda: Mito

O metabolismo realmente fica mais lento à noite, mas isso não significa que comer nesse período vai levar a um aumento de peso. Basta tomar alguns cuidados para afastar o risco. A refeição noturna, realizada após o jantar (cerca de três horas depois), deve ser mais leve e em pouca quantidade. Esqueça salgadinhos, frituras, refrigerantes. A sugestão da nutricionista Alessandra Paula Nunes é consumir uma das seguintes opções: fruta, leite desnatado batido com fruta, iogurte desnatado natural ou de frutas, aveia com alguma fruta e mel, suco de fruta.


01 maio 2014

Risoto de Manga com Shitake



* Uma alternativa deliciosa para quem não inclui carne na rotina alimentar ou mesmo, para quem não estiver afim ...





Ingredientes:
·         170 g arroz arbório ou (arbóreo);
·         200 ml fundo de caldo legumes (50% cebola, 25% salsão e 25% cenoura + água quente);
·         1 manga madura em cubos médios;
·         15 g cebola branca em cubos pequenos;
·         40 ml vinho branco seco;
·         200 g cogumelos shitake em filetes;
·         10 ml shoyu light;
·         60 ml suco concentrado de manga;
·         30 g manteiga sem sal;
·         20 g parmesão ralado grosso;
·         30 ml azeite extravirgem;
·         QB (quanto baste) sal refinado;
·         QB pimenta-do- reino preta;
·         QB manjericão roxo.

Modo de preparo:
·         cortar os itens pedidos acima e reservá-los;
·         Deixar o caldo depois de temperado e pronto em fogo baixo, e preparar as mangas cortar em cubos médios (para não sumir na apresentação e cocção do mesmo) e reservar;
·         Colocar a metade do azeite e a cebola em cubos pequenos, doure-as e agregue o arroz (sem lavar, senão perde toda rede de amido);
·         Mexer ate dourá-los, coloque o vinho e mexa, fogo médio baixo. Agora na caçarola, acrescentar aos poucos – concha à concha ate o arroz ficar al dente (cerca de 19 minutos o processo todo, até a finalização. (Fogo médio, baixo);
·         Assim que o arroz ficar al dente (macio, sem grudar nos dentes), suco concentrado de manga e as mangas, toque de pimenta do reino ralado na hora, manteiga, sal e parmesão;
·         Um pouco antes de finalizar (a manteiga dá brilho e parmesão a finalização da liga), salteie os shitakes com o restante do azeite e um toque de manteiga, coloque shoyu. Tudo não pode passar de 4 minutos e fogo médio;
·         Sirva na hora, com o risoto de manga e os shitakes em cima para enfeitá-los (opcional colocar ervas frescas como manjericão roxo.


SOBRE AS CÓLICAS DOS BEBES... NEM TUDO É POR CONTA DA ALIMENTAÇÃO!

 Me deparei com essa leitura que traduziu a minha identidade para com as orientações às mamães de primeira viagem quanto as reclamações de choro de seus bebês por Gases e Cólicas.
Retirado do grupo do facebook:  Soluções para Noites sem choro
Lee K. The crying pattern of Korean infants and related factors. Dev Med Child Neurol. 1994; 36:601-7
Hunziker UA, Barr RG. Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics 1986;77:641-8

Taubnan B. Clinical trial of treatment of colic by modification of parent-infant interaction. Pediatrics 1984;74:998-1003

Do livro Un regalo para toda la vida- Guía de la lactancia materna, Carlos González
Tradução: Fernanda Mainier
Revisão: Luciana Freitas
 PARTE 1: Os gases...

Tanto os bebês como os adultos podem ter gases no estômago ou no intestino (sobretudo no intestino grosso). Mas são duas questões completamente diferentes. O gás encontrado no estômago é ar, ar normal e corrente que o indivíduo engoliu (é o que os médicos chamam aerofagia, engolir ar). Os bebês podem engolir ar ao se alimentar, ou ao chorar, também quando chupam dedo ou chupeta.
O gás que está no intestino é diferente, basta cheirá-lo para perceber. Contém nitrogênio do ar deglutido (o oxigênio foi absorvido pelo tubo digestivo) e gases que são produzidos no próprio intestino pela digestão de certos alimentos e que dão seu odor característico.
Quando um bebê engole muito ar, seria possível que soltasse muito “pum”, porém é mais fácil que o excesso saia por cima, com arrotos. Um excesso de gases no intestino é mais provável que seja proveniente da digestão que do ar deglutido. Quando o bebê não mama corretamente, porque está com a pega errada ou tem outra dificuldade, é possível que tome muita lactose e pouca gordura e a sobrecarga de lactose pode produzir um excesso de gases. Além disso, por estar com a pega errada, é provável que engula ar enquanto mama. Mas nem a pega incorreta é a principal causa dos gases, nem os gases são o principal sintoma da pega incorreta.
Os gases em excesso no intestino só podem ser eliminados sob a forma de “pum” . Por sorte, não podem fazer o caminho inverso e sair pela boca.
É mais fácil eliminar o ar do estômago (quer dizer, arrotar) em posição vertical que em posição horizontal. Como nossos antepassados estavam sempre no colo de suas mães, em posição mais ou menos vertical, não deviam ter muito problema. No século passado o uso das mamadeiras e dos berços ficou generalizado. Com a mamadeira, o bebê pode engolir muito ar, e no berço é difícil soltá-lo; por isso parecia importante colocar o bebê para arrotar antes de colocá-lo no berço.
Contudo, não parece que os gases incomodam os bebês, salvo em casos extremos. Muita gente pensa que a principal causa do choro em bebês pequenos seja os gases; e muitos dos medicamentos que ao longo do tempo se tem recomendado para a cólica do lactente se supunha que ajudavam a expulsá-los (esse é o significado da palavra carminativo), ou para evitar a formação de bolhas (nunca entendi o porquê, mas sim, algumas gotas para cólicas são antiespumantes).
Nem todos estão de acordo com a causa das cólicas (mais adiante explicarei minha teoria favorita), mas parece que não restam mais defensores sérios da teoria dos gases. Há muitos anos, quando não se sabia que o excesso de raio x era maléfico e se faziam radiografias por qualquer bobagem, alguém teve a idéia de fazer radiografias dos bebês que choravam (o gás é visto perfeitamente como uma grande mancha negra na radiografia). Comprovou-se que os bebês têm poucos gases quando começam a chorar, porém muitos gases quando levam um tempo chorando.


O que ocorre é que engolem ar ao chorar, e como não podem chorar e arrotar ao mesmo tempo, vão acumulando gases até que param de chorar. A mãe costuma explicar assim: “Tadinho, estava chorando muito porque estava cheio de gases. Peguei, dei uns tapinhas, ele, conseguiu arrotar e melhorou”. Na realidade, a interpretação correta seria: “Tadinho, chorava porque estava com saudade de mim. Quando peguei ele no colo e fiz carinho, ele se tranquilizou e deu um arroto enorme com todo o ar que tinha engolido enquanto chorava”.
Acho que isso explica a importância do arroto no século passado. Quando a mãe tentava colocar o bebê no berço logo após acabar de mamar, o bebê chorava desesperado. Em vez disso, se ficasse com ele no colo e o embalasse um pouco antes de colocá-lo no berço, era mais fácil que o bebê se traquilizasse e dormisse. Durante esse tempo que estava nos braços, claro, o bebê arrotava. E como ninguém queria reconhecer que o colo da mãe era bom para o bebê (como vai ser bom? O colo da mãe é mau, estraga, o bebê não tem que ficar no colo, ou ficará manhoso!), preferiram pensar que era o arroto, e não a presença da mãe, que havia feito o milagre.
A verdade é que muitas mães modernas têm a ideia de que o arroto é importantíssimo, fundamental para a saúde e bem estar do seu filho. Tem que arrotar custe o que custar. Mas os bebês amamentados, se mamaram corretamente, não engolem quase nada de ar (os lábios se fecham hermeticamente sobre o peito, razão pelo qual o ar não entra; e dentro do peito não tem ar, ao contrário da mamadeira). Muitas vezes, os bebês de peito não arrotam depois de mamar. Por outro lado, quando estão com a pega errada, é possível que engulam ar, fazendo um barulho como de beijinhos, porque fica uma frestinha entre os lábios e o peito.
Uma vez uma mãe me explicou que seu filho custa a arrotar, que tem de ficar uma hora dando tapinhas nas costas, que ele chora, inclusive,de tão mal que fica, até que por fim pode eliminar os gases. Pobre criatura, o que acontece é que não tem gases para eliminar; chora de tantos tapinhas e voltas que dão com ele, e ao final elimina o ar que engoliu enquanto chorava.
Não fique obsessiva com o arroto. Depois de mamar, é uma boa idéia deixar o bebê por um tempo no colo. Isso ele vai gostar. Se nesse tempo eliminar os gases, está bem. E se não, pode ser que não tenha gases. Não lhe dê tapinhas nas costas, não lhe dê camomila, nem erva-doce, nem água, nem nenhum remédio para gases (nem natural nem artificial, nem alopático nem fitoterápico, nem comprado, nem o que tenha em casa).

Parte 2: A Cólica...


Os bebês ocidentais costumam chorar bastante durante os primeiros meses, o que se conhece como cólica do lactente ou cólica do primeiro trimestre. “Cólica é a contração espasmódica e dolorosa de uma víscera oca; há cólicas dos rins, da vesícula e do intestino”. Como o lactente não é uma vesícula oca e o primeiro trimestre muito menos, o nome logo de cara não é muito feliz. Chamavam de cólica porque se acreditava que doía a barriga dos bebês; mas isso é impossível saber. A dor não se vê, tem de ser explicada pelo paciente. Quando perguntam a eles: “por que você está chorando?”, os bebês insistem em não responder; quando perguntam novamente anos depois, sempre dizem que não se lembram. Então ninguém sabe se está doendo a barriga, ou a cabeça, ou as costas, ou se é coceira na sola dos pés, ou se o barulho está incomodando, ou simplesmente se estão preocupados com alguma notícia que ouviram no rádio. Por isso, os livros modernos frequentemente evitam a palavra cólica e preferem chamar de choro excessivo na infância. É lógico pensar que nem todos os bebês choram pelo mesmo motivo; alguns talvez sintam dor na barriga, mas outro pode estar com fome, ou frio, ou calor, e outros (provavelmente a maioria) simplesmente precisam de colo.
Tipicamente, o choro acontece sobretudo à tarde, de seis às dez, a hora crítica. Às vezes de oito à meia-noite, às vezes de meia-noite às quatro, e alguns parecem que estão a postos vinte e quatro horas por dia. Costuma começar depois de duas ou três semanas de vida e costuma melhorar por volta dos três meses (mas nem sempre).
Quando a mãe amamenta e o bebê chora de tarde, sempre há alguma alma caridosa que diz: “Claro! De tarde seu leite acaba!”. Mas então, porque os bebês que tomam mamadeira têm cólicas? (a incidência de cólica parece ser a mesma entre os bebês amamentados e os que tomam mamadeira). Por acaso há alguma mãe que prepare uma mamadeira de 150 ml pela manhã e de tarde uma de 90 ml somente para incomodar e para fazer o bebê chorar? Claro que não! As mamadeiras são exatamente iguais, mas o bebê que de manhã dormia mais ou menos tranquilo, à tarde chora sem parar. Não é por fome.
“Então, por que minha filha passa a tarde toda pendurada no peito e por que vejo que meus peitos estão murchos?” Quando um bebê está chorando, a mãe que dá mamadeira pode fazer várias coisas: pegar no colo, embalar, cantar, fazer carinho, colocar a chupeta, dar a mamadeira, deixar chorar (não estou dizendo que seja conveniente ou recomendável deixar chorar, só digo que é uma das coisas que a mãe poderia fazer). A mãe que amamenta pode fazer todas essas coisas (incluindo dar uma mamadeira e deixar chorar), mas, além disso, pode fazer uma exclusiva: dar o peito. A maioria das mães descobrem que dar de mamar é a maneira mais fácil e rápida de acalmar o bebê (em casa chamamos o peito de anestesia), então dão de mamar várias vezes ao longo da tarde. Claro que o peito fica murcho, mas não por falta de leite, mas sim porque todo o leite está na barriga do bebê. O bebê não tem fome alguma, pelo contrário, está entupido de leite.
Se a mãe está feliz em dar de mamar o tempo todo e não sente dor no mamilo (se o bebê pede toda hora e doem os mamilos, é provável que a pega esteja errada), e se o bebê se acalma assim, não há inconveniente. Pode dar de mamar todas as vezes e todo o tempo que quiser. Pode deitar na cama e descansar enquanto o filho mama. Mas claro, se a mãe está cansada, desesperada, farta de tanto amamentar, e se o bebê está engordando bem, não há inconveniente que diga ao pai, à avó ou ao primeiro voluntário que aparecer: “pegue este bebê, leve para passear em outro cômodo ou na rua e volte daqui a duas horas”. Porque se um bebê que mama bem e engorda normalmente mama cinco vezes em duas horas e continua chorando, podemos ter razoavelmente a certeza de que não chora de fome (outra coisa seria um bebê que engorda muito pouco ou que não estava engordando nada até dois dias atrás e agora começa a se recuperar: talvez esse bebê necessite mamar muitíssimas vezes seguidas). E sim, se pedir para alguém levar o bebê para passear, aproveite para descansar e, se possível, dormir. Nada de lavar a louça ou colocar em dia a roupa para passar, pois não adiantaria nada.
Às vezes, acontece de a mãe estar desesperada por passar horas dando de mamar, colo, peito, colo e tudo de novo. Recebe seu marido como se fosse uma cavalaria: “por favor, faça algo com essa menina, pois estou ao ponto de ficar doida”. O papai pega o bebê no colo (não sem certa apreensão, devido às circunstâncias), a menina apoia a cabecinha sobre seu ombro e “plim” pega no sono. Há várias explicações possíveis para esse fenômeno. Dizem que nós homens temos os ombros mais largos, e que se pode dormir melhor neles. Como estava há duas horas dançando, é lógico que a bebê esteja bastante cansada. Talvez precisasse de uma mudança de ares, quer dizer, de colo (e muitas vezes acontece o contrário: o pai não sabe o que fazer e a mãe consegue tranquilizar o bebê em segundos).
Tenho a impressão (mas é somente uma teoria minha, não tenho nenhuma prova) de que em alguns casos o que ocorre é que o bebê também está farto de mamar. Não tem fome, mas não é capaz de repousar a cabeça sobre o ombro de sua mãe e dormir tranqüilo. É como se não conhecesse outra forma de se relacionar com sua mãe a não ser mamando. Talvez se sinta como nós quando nos oferecem nossa sobremesa favorita depois de uma opípara refeição. Não temos como recusar, mas passamos a tarde com indigestão. No colo da mamãe é uma dúvida permanente entre querer e poder; por outro lado, com papai, não há dúvida possível: não tem mamá, então é só dormir.
Minha teoria tem muitos pontos fracos, claro. Para começar, a maior parte dos bebês do mundo estão o dia todo no colo (ou carregados nas costas) de sua mãe e, em geral, descansam tranquilos e quase não choram. Mas talvez esses bebês conheçam uma outra forma de se relacionar com suas mães, sem necessidade de mamar. Em nossa cultura fazemos de tudo para deixar o bebê no berço várias horas por dia; talvez assim lhes passemos a ideia de que só podem estar com a mãe se for para mamar.
Porque o certo é que a cólica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilização, a consequência de dar aos bebês menos contato físico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cólica é desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee não encontrou nenhum caso de cólica entre 160 lactentes. Com um mês de idade, os bebês coreanos só passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norte americanos. Os bebês coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norte americanos e suas mães atendiam praticamente sempre que choravam. As mães norte americanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes.
No Canadá, Hunziker e Barr demonstraram que se podia prevenir a cólica do lactente recomendando às mães que pegassem seus bebês no colo várias horas por dia. É muito boa idéia levar os bebês pendurados, como fazem a maior parte das mães do mundo. Hoje em dia é possível comprar vários modelos de carregadores de bebês nos quais ele pode ser levado confortavelmente em casa e na rua. Não corra para colocar o bebê no berço assim que ele adormecer; ele gosta de estar com a mamãe, mesmo quando está dormindo. Não espere que o bebê comece a chorar, com duas ou três semanas de vida, para pegá-lo no colo; pode acontecer de ter “passado do ponto” e nem no colo ele se acalmar. Os bebês necessitam de muito contato físico, muito colo, desde o nascimento. Não é conveniente estarem separados de sua mãe, e muito menos sozinhos em outro cômodo. Durante o dia, se o deixar dormindo um pouco em seu bercinho, é melhor que o bercinho esteja na sala; assim ambos (mãe e filho) se sentirão mais seguros e descansarão melhor.
A nossa sociedade custa muito a reconhecer que os bebês precisam de colo, contato, afeto; que precisam da mãe. É preferível qualquer outra explicação: a imaturidade do intestino, o sistema nervoso… Prefere-se pensar que o bebê está doente, que precisa de remédios. Há algumas décadas, as farmácias espanholas vendiam medicamentos para cólicas que continham barbitúricos (se fazia efeito, claro, o bebê caía duro). Outros preferem as ervas e chás, os remédios homeopáticos, as massagens. Todos os tratamentos de que tenho notícia têm algo em comum: tem de tocar no bebê para dá-lo. O bebê está no berço chorando; a mãe o pega no colo, dá camomila e o bebê se cala. Teria se acalmado mesmo sem camomila, com o peito, ou somente com o colo. Se, ao contrário, inventassem um aparelho eletrônico para administrar camomila, ativado pelo som do choro do bebê, uma microcâmera que filmasse o berço, um administrador que identificasse a boca aberta e controlasse uma seringa que lançasse um jato de camomila direto na boca… Acredita que o bebê se acalmaria desse modo? Não é a camomila, não é o remédio homeopático!


 É o colo da mãe que cura a cólica!
Taubman, um pediatra americano, demonstrou que umas simples instruções para a mãe (tabela 1) faziam desaparecer a cólica em menos de duas semanas. Os bebês cujas mães os atendiam, passaram de uma média de 2,6 horas ao dia de choro para somente 0,8 horas. Enquanto isso, os do grupo de controle, que eram deixados chorando, choravam cada vez mais: de 3,1 horas passaram a 3,8 horas. Quer dizer, os bebês não choram por gosto, mas porque alguma coisa está acontecendo. Se são deixados chorando, choram mais, se tentam consolá-los, choram menos (uma coisa tão lógica! Por que tanta gente se esforça em nos fazer acreditar justo no contrário?).
Tabela 1 – Instruções para tratar a cólica, segundo Taubman (Pediatrics 1984;74:998)
1- Tente não deixar nunca o bebê chorando.
2- Para descobrir por que seu filho está chorando, tenha em conta as seguintes possibilidades:
a- O bebê tem fome e quer mamar.
b- O bebê quer sugar, mesmo sem fome.
c- O bebê quer colo.
d- O bebê está entediado e quer distração.
e- O bebê está cansado e quer dormir.
3- Se continuar chorando durante mais de cinco minutos com uma opção, tente com outra.
4- Decida você mesma em qual ordem testará as opções anteriores.
5- Não tenha medo de superalimentar seu filho. Isso não vai acontecer.
6- Não tenha medo de estragar seu filho. Isso também não vai acontecer.
No grupo de controle, as instruções eram: quando o bebê chorar e você não souber o que está acontecendo, deixe-o no berço e saia do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando, torne a entrar, verifique (um minuto) que não há nada, e volte a sair do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando etc. Se após três horas ele continuar chorando, alimente-o e recomece.
As duas últimas instruções do Dr. Taubman me parecem especialmente importantes: é impossível superalimentar um bebê por oferecer-lhe muita comida (que o digam as mães que tentam enfiar a papinha em um bebê que não quer comer); e é impossível estragar um bebê dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la.
Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos… Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade. E se não, amiga leitora, relembre e compare: quantas pessoas, desde que você ficou grávida, avisaram da importância de colocar protetores de tomada, de guardar em lugar seguro os produtos tóxicos, de usar uma cadeirinha de segurança no carro ou de vacinar seu filho contra o tétano? Quantas pessoas, por outro lado, avisaram para você não dar muito colo, não colocar para dormir na sua cama, não acostumar mal o bebê?

 

 

Agora... eu me sinto mais a vontade para dizer que EDUCAÇAO ALIMENTAR a gente ensina desde o nascimento. Alimentar a criança de duas em duas horas... é a regra básica para o bom desenvolvimento físico do seu filhote e é a informação que vai ficar inscrita em seus hábitos de saúde! 
Porque quem ama educa.

Um abraço de coração da nutri Lu!

19 março 2014

Cebolas assadas, repolho roxo no vapor,purê de maçã, penne ao molho de espinafre e filé de carne grelhado






Você vai levar em média 1 hora para preparar.
e vai precisar de:

Folhas de repolho roxo (uma pitada de sal e uma pitada de açúcar + 1 pouquinho de vinagre de maçã)
Cebolas inteiras/ papel alumínio (uma pitada de sal, orégano e azeite de oliva)
Maçãs sem casca (uma pitada de sal - AHAM... é sal mesmo!)

Massa Penne
Espinafre
Alho
Óleo
sal
* eu usei biomassa de banana verde
Amêndoas e água morna - para bater no liquidificador/coar e usar o leite

Filé de Carne (usei fraldinha)
sal

PREPARANDO:

Enrole... as cebolas inteiras com casca e tudo (quantas você quiser)... em papel alumínio e leve ao forno quente (200C) por 40 minutos.

Fatie as folhas de repolho em tiras e coloque em uma panelinha com um fundo de água mais uma pitada de sal, uma pitada de açúcar e um pouquinho de vinagre (pouquinho mesmo). E deixe cozinhando em fogo baixo e com a panela tampada... fique de olho, pois se secar a água rapidamente, deve colocar um fundo a mais.

Corte as maçãs descascadas em lascas e coloque em uma panelinha com água até cobrir e uma pitada de sal - e deixe cozinhando em fogo brando também.

Enquanto a água esquenta para cozinhar o macarrão. Vá limpando e lavando os galhos de espinafre.

Para o molho de espinafre, coloque as folhinhas com talo também ( 1 maço)+ alho (3 dentes) + 1 xícara de leite de amêndoas * para preparar esse leite, deverá usar 1/2 xícara de amêndoas e 1 xícara de água morna. + 2 colheres de sopa cheias de biomassa de banana verde + sal (a gosto)  e 2 colheres de sopa de óleo de canola - no copo do liquidificador, tampe e bata tudo.

Depois leve esse molho ao fogo e deixe cozinhando em fogo brando por até 20 minutos, misturando tudo de vez em quando.

Se ferveu a água para cozinhar a massa, tempera com sal e um fio de óleo e... bota lá, até ficar aldente. aaa uns 5 minutos.

Para o Filé de Carne (eu usei fraldinha) e só tempero com sal. Aí meu segredinho é o seguinte: 
"eu coloco um fio de Óleo (n pode ser de Oliva) no tempero...depois em uma panelinha antiaderente bem quente eu ponho dois filés de cada vez e deixo 2 minutinhos de cada lado dando umas mexidinhas neles, sabe?!

Tirar as cebolas do forno, desembrulhar (com cuidado porque está quente) e tirar a casca eu faço uma manobra usando dois garfos... depois eu corto ao meio (usando garfo e faca porque tá pelando de quente) e abro em folhas... tempero com uma pitada de sal, orégano e azeite de oliva (agora sim).

quando a massa estiver no ponto desejado... aí já pode escorrer e acrescentar o molho de espinafre e dar uma refogadinha rápida nessa mistura.

e... tudo pronto.

* sobre o uso de azeite de oliva: ele é rico em óleos essenciais mas quando aquecido sofre saturação e fica como uma gordura de carne (saturada). Dá para entender? Então seu uso é aconselhado sobre as refeições prontas... você coloca na hora de servir. Aí sim!"

"cozinhar as maçãs com uma pitada de sal, aumenta o ph dessa preparação, porque reduz o retorno ácido que ela provoca...  tem indicada como emulsificante de gorduras por suas propriedades e pode ser muito bem aproveitada por quem esta com o fígado sobrecarregado."

Do balanço nutricional: 
saladas - repolho roxo, cebola, alho, espinafre
fruta - maça
acompanhamento - massa penne - 1 porçao
carne - 1 porçao

contar calorias????? Isso não se usa mais!
Deixa isso para o seu nutricionista. Ele faz conta nutricional todinha e te diz as quantidades em média que você deve consumir. Aprenda a usar a lista de substituições e ter uma alimentaçao variada.

Espero te vocês tem gostado e continuem acompanhando, minha culinária nutritiva.

Um abraço 

Nutri Lu!













16 março 2014

Tudo começa com um desafio...

Na semana passada eu aceitei um desafio... 
Uma amiga querida está com problemas de saúde, inapetente e reduzindo seu peso com muita rapidez (o que não é bom indicativo).
E depois de algumas tentativas em buscar suas refeições fora de casa e sem sucesso em despertar o seu apetite, ela me chamou e me fez o convite para preparar os seus almoços (a grande refeição)... aceitei, afinal essa é a minha praia. 

Para o primeiro dia eu pensei em uma refeição leve, saborosa, nutritiva, colorida e com toda a combinação balanceada de saladas, acompanhamento e proteína magra.

E foi assim:

    
   

O que eu usei:

Repolho Roxo
Cenoura
Couve-Flor
Manjericão
Cebola
Alho
Biomassa de Banana Verde
Óleo de Canola
Salmão Fresco
Sal
Arroz Branco
Sementes de Linhaça Dourada

Como preparar?

Primeiro: em uma fôrma coloquei papel laminado e sobrepus o filé de salmão temperado só com sal marinho - forno nele (uns 15 minutos de cada lado).

Enquanto isso: Arroz...eu gosto de refogar alho ralado em óleo e biomassa de banana verde  e depois eu junto os grãos de arroz para refogar também...aí eu adiciono as duas partes de água e um pouco de sal e deixei cozinhando em panelinha semi-tampada e fogo baixo.

Os coloridos - cortados assim: folhas de repolho em quadrados, cenoura em rodelas bem fininhas, couve-flor em lâminas finas também.

Agora vamos lá, ralei 1/2 cebola e 2 dentes de alho bem fininhos... foram os primeiros a ir para a panelinha refogar com 3 folhas de majericão... mexendo, mexendo até dourar... aí juntei tudo e fui colocando fundinhos de água só para não queimar. aaaa e mais uma colherada de biomassa de banana verde aqui. Sal para temperar e mexendo,mexendo para saltear... até o ponto em que fica possível furar com o garfo...afinal é quando a fibra se transforma e aí fica melhor de digerir. Desliga e deixa esperando pelo peixe.

Depois do tempo de forno do salmão... eu coloquei ele em uma refratária quente (sem gordura nenhuma, porque ele já tem) para dourar...2 minutos de cada lado e aí junta os legumes refogados... deixa tudo na panelinha quente por mais um minutinho e pronto.

1 porção = 2 colheres de sopa cheias de arroz branco + 1 filé de Salmão de 110g e 3 colheres de sopa cheias de legumes refogados. Sementes de Linhaça dourada salpicadas.

 
 Quando eu entreguei a refeição...adorei ver ela cheirando e dizendo que estava cheiroso...e eu ví a vontade de comer que ela estava.
O dever foi cumprido! Ganhei o dia! E ficou mesmo uma delícia!